segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Crença

Airton Mendes
(http://poesiapoisepoisvamos.blogspot.com)
E que me venha a vida
e venha toda
e venha cheia

Me venha solta, essa vida
venha descalça
venha bêbada

E é tudo. Nada mais quero:
ver-te rosa
verde e vermelha

E é como te desejo:
com aroma e espinho
machucando, alegremente...

Pois se não, que não me venhas
que te odeio e te quero
e de quanto te desejo
de tanto me disfarço

E se sou eu contradição
tu és signo
relevo
e alimento

E sendo tu condição
sou eu objeto
página
e segmento.

Assim me vou em asas
olhando por sobre
e acreditando,
sempre.

e sou todo crença,
ilusão e sentimento
...
também algo de condição
e argumento

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